Conta Solidária

PORTUGAL
NIB: 00 36 00 30 99 10 17 27 22 72 6
P. José Lopes Baptista - solidariedade


terça-feira, 26 de outubro de 2010

CONTAS


Passado um mês sobre a chegada do contentor, parece já ser mais do que hora de fazer a exposição das contas a todos os que contribuíram, de uma ou outra forma, para que o os livros estejam neste momento na escola de Ontupaia.

O transporte de barco custou exactamente 2050 €, conforme foi combinado antes do envio.

Em Nacala, os valores nunca foram determinados com a antecedência necessária para que nos sentíssemos confortáveis e seguros das verbas que tínhamos a pagar.

Sempre nos foi dito que livros e manuais escolares não pagariam taxa alfandegária.

Assim não aconteceu. Após 23 dias da recepção do contentor tivemos, finalmente, em mãos a documentação de todos os pagamentos efectuados. Só então pudemos verificar que nem tudo estava correcto.

Foi aplicada uma taxa de 7,5% sobre os livros. Perguntamos o motivo ao nosso despachante, Sr. Manuença. Este, vagamente, respondeu que manuais escolares não se incluíam em livros escolares (nuances da língua portuguesa), daí ao valor de mais de 30 000 Mt que nos cobraram. Perante a nossa insistência, o referido senhor sugeriu que na 2ª feira seguinte nos levaria ao porto, para esclarecimentos que ele não nos sabia dar.

Esperámos, e como diz o adágio, “desesperámos”. Então fomos à direcção das alfândegas do porto de Nacala, onde nos receberam com toda a atenção. De facto, a investigação que fizéramos no fim-de-semana, e o erro que detectamos, davam-nos razão. Aplicaram um parâmetro errado da pauta aduaneira, espanto os “manuais” escolares foram classificados em Livros de registo e de contabilidade, blocos de notas, de encomendas, de recibos, de apontamentos,…”. Erro, a ver, grosseiro e nada atento aos interesses da escola e comunidade de Ontupaia.

De acordo com instruções das autoridades alfandegárias, a classificação pautal deveria ser rectificado pelo despachante e o nosso dinheiro restituído. Falámos novamente com o Sr Manuença que, de imediato, sugeriu a mesma solução que fora proposta na direcção dos serviços alfandegários, encontro de contas. Para tal ele deveria elaborar uma carta, a fim de ser feito o acerto. Passada mais de uma semana, a carta ainda não foi escrita, o processo ainda não deu procedimento.

Um mês e dois dias depois ainda andamos com as contas às voltas. Esse dinheiro precisamos para fazer mais prateleiras.

Continuamos a aguardar!! (e a pensar como agir)

1 comentário:

  1. Pode dizer-se que o transporte/chegada/pagamento terá sido uma verdadeira "saga"... que se espera vir a acabar bem...

    Alguns professores da minha escola -Secundária Infante D. Henrique no Porto - enviaram alguns materiais que, espero, façam jeito. Eu tenho alguns livros para mandar (sou professora de Português e reformei-me agora. Posso mandar via CTT? Sei que há tarifas económicas para Timor (2,49 € por 1 kg). Para aí também haverá? Qual é o endereço postal?
    Bom trabalho!
    Teresa Vasquez Cruz

    ResponderEliminar