domingo, 10 de outubro de 2010
24 de Setembro – Chegou o Contentor
O contentor está em Ontupaia, mas não sem umas peripécias.
Sabíamos que chegaria entre o dia 10 e o dia 13 de Setembro, conforme referiu a D. Adriana que teve a amabilidade de nos encaminhar nesta empresa do envio, poupando em todas as despesas possíveis. De transporte pagamos no total 2050 €.
Desta data, informámos o Sr. Manuensa, transitário encarregado de dar continuidade ao processo em Moçambique. Depois de apurar o conteúdo dos navios, esclareceu que a nossa entrega chegaria, apenas, no dia 20. Não havia pressas, descansamos.
Afinal, atracou o barco dia 14, nova que tardou mais dois dias. Subitamente, surgiram montes de assuntos para tratar. Fizemos a relação do espólio para entregar na alfândega. Essa falha ficou-nos cara. Algumas taxas sobre as doações.
Logo falhou o nº contribuinte da escola. Sem problemas, “não tem nada que saber, é só ir às finanças, é na hora e grátis!”, foi-nos dito. Só o registo para pagar nos saiu (quase) de “graça” não fora a graça do acontecido:
Uma repartição de finanças, por incrível que pareça, pode ser um local aprazível como testemunham as personagens que aí habitam. Por trás da secretária, fecham-se, aqui e além, olhos monótonos num sono sem recato. Vai pendendo a cabeça que só se ergue para retomar posição se conforto. É fantástica a capacidade de repousar frente a, não tão pouca, assistência que aguarda a sua vez, do lado de cá do balcão. Numa versão mais discreta, longamente centrada a atenção num formulário, se entregava o funcionário aos braços de Morpheu.
E nós esperando.
A atarefada senhora, que finalmente nos atendeu, atenciosa e solícita, distraidamente ascendeu a Escola Primária de Ontupaia a secundária. Mais um corre corre para corrigir a “gafe”. Mas lá ficou pronto tudo a tempo.
Durante o fim-de-semana caíram (choveram) contas: Pagámos.
Na primeira informação, 4ª feira teríamos o contentor, de imediato se emendou para 5ª por ser mais seguro. Na 5ª, não ouvimos falar em entregas e, na 6ª, já havia desânimo a pensar que só lá para 2ª.
Mais uma continha, agora para taxa de pesagem. Mas… pesamos tudo na balança lá de casa!
Tocou o telemóvel. Há que correr para o porto, abriram o contentor.
Fomos ver a chamado do Sr. Manuensa. As caixas aqui e ali abertas, uma bola de futebol e um velho VHS em forma de instalação sem nexo, no chão, aguardando sentença. “Há que reconferir, só na 2ª”. Isso não. Conversa aqui, conversa ali, lá saiu o contentor do porto para alívio de todos.
Saldamos o transporte, e, a rematar: a “Multa”.
Não! 6 000 e tantos meticais porque o contentor ficou tempo a mais no porto, depois da espera ansiosa, ainda vamos pagar?
A culpa não foi nossa, e “a bem da solidariedade” essa ficou.
Ainda assim, lá se foram as nossas economias, que bem falta fazem, para dar continuidade à biblioteca que muito precisa de espaço e estantes.
Quanto às contas, aguardamos, diariamente, que o Sr. Manuensa nos apresente as facturas e recibos de todos os valores que através dele pagamos…
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