Conta Solidária

PORTUGAL
NIB: 00 36 00 30 99 10 17 27 22 72 6
P. José Lopes Baptista - solidariedade


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Rádio de Moçambique


Sou eu Abudo ALI. Estou na 6ª classe tenho 16 anos e vivo com o meu irmão. Vou falar sobre a rádio.

A rádio é um instrumento simples agrada à população porque chega aos nossos ouvidos da rua de onde os jornalistas escrevendo, ou gravando, recolhem as novidades do dia.

Todos, sejam homens ou mulheres que gostam de escrever e analisar, rescrevem a informação recolhida. São ele os técnicos da produção que, com gosto e jeito preparam os programas: noticiários, recreação e cultura geral.

Músicas do nosso país, de África e de todo o mundo acompanham estes programas. Nós gostamos da rádio porque ouvimos vozes bonitas e agradáveis que irrompem pelas nossas casas trazendo com elas muitas músicas, alegria, informação.

Nós decidimos visitar a rádio em cada ano para sabermos sobre a rádio de Moçambique. Novidades sem as quais pouco ou nada saberíamos deste Mundo, próximo e distante, vencendo montanhas atravessando rios, a rádio entra nas nossas casas trazendo a informação, culturas e distracção de que tanto precisamos.

A firmeza e alegria acompanham o cidadão na batalha de mais um dia de trabalho.

Abudo Ali, Issufo Saide.

6ª classe

Turma B

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

CONTAS


Passado um mês sobre a chegada do contentor, parece já ser mais do que hora de fazer a exposição das contas a todos os que contribuíram, de uma ou outra forma, para que o os livros estejam neste momento na escola de Ontupaia.

O transporte de barco custou exactamente 2050 €, conforme foi combinado antes do envio.

Em Nacala, os valores nunca foram determinados com a antecedência necessária para que nos sentíssemos confortáveis e seguros das verbas que tínhamos a pagar.

Sempre nos foi dito que livros e manuais escolares não pagariam taxa alfandegária.

Assim não aconteceu. Após 23 dias da recepção do contentor tivemos, finalmente, em mãos a documentação de todos os pagamentos efectuados. Só então pudemos verificar que nem tudo estava correcto.

Foi aplicada uma taxa de 7,5% sobre os livros. Perguntamos o motivo ao nosso despachante, Sr. Manuença. Este, vagamente, respondeu que manuais escolares não se incluíam em livros escolares (nuances da língua portuguesa), daí ao valor de mais de 30 000 Mt que nos cobraram. Perante a nossa insistência, o referido senhor sugeriu que na 2ª feira seguinte nos levaria ao porto, para esclarecimentos que ele não nos sabia dar.

Esperámos, e como diz o adágio, “desesperámos”. Então fomos à direcção das alfândegas do porto de Nacala, onde nos receberam com toda a atenção. De facto, a investigação que fizéramos no fim-de-semana, e o erro que detectamos, davam-nos razão. Aplicaram um parâmetro errado da pauta aduaneira, espanto os “manuais” escolares foram classificados em Livros de registo e de contabilidade, blocos de notas, de encomendas, de recibos, de apontamentos,…”. Erro, a ver, grosseiro e nada atento aos interesses da escola e comunidade de Ontupaia.

De acordo com instruções das autoridades alfandegárias, a classificação pautal deveria ser rectificado pelo despachante e o nosso dinheiro restituído. Falámos novamente com o Sr Manuença que, de imediato, sugeriu a mesma solução que fora proposta na direcção dos serviços alfandegários, encontro de contas. Para tal ele deveria elaborar uma carta, a fim de ser feito o acerto. Passada mais de uma semana, a carta ainda não foi escrita, o processo ainda não deu procedimento.

Um mês e dois dias depois ainda andamos com as contas às voltas. Esse dinheiro precisamos para fazer mais prateleiras.

Continuamos a aguardar!! (e a pensar como agir)

domingo, 24 de outubro de 2010

Como vivemos


No nosso país a saúde é um bem pelo qual somos responsáveis. O nosso estilo de vida é calmo, os alimentos que comemos são: pequeno-almoço (mata-bicho) papinha o que se cozinha assim, um bocado de água e a farinha celeste misturam com o sal, amassam coze, o almoço é o arroz, o jantar é a massa esparguete.

A quantidade de exercícios que fazemos é muito, nós trabalhamos nas machambas. E assim nos preocupamos com o meio que nos circunda e com alguns dos factores com os quais nos devemos preparar o nosso estilo da saúde. É do meio ambiente que nos envolve que temos de nos preocupar com a higiene das pessoas e ficar formados sobre a higiene.

Mepava Ernesto
6ª-classe
12 anos

sábado, 23 de outubro de 2010

Agradecimento dos meninos da Escola de Ontupaia Nacala-Porto.




Eu chamo-me Bartolomeu Pinto Caroa, tenho 20 anos de idade. Os alunos de Ontupaia agradecem por tudo que fizeram os alunos de Portugal, que contribuíram com materiais escolares para ajudar a nossa escola.

A nossa escola vai desenvolver através da vossa ajuda porque vamos ter uma biblioteca. Nós gostamos do vosso apoio pelo tanto que fizeram para nós, pelo trabalho de contribuição das materiais escolares tais como: Livros, bolas, projector, computador que aproveitamos para usar em cada dia-a-dia. No dia da chegada do contentor recebemos com toda alegria, e agora é o tempo de agradecer. Obrigado os nossos colegas e professores que fizeram grandes esforços. Escrevemos esta pequena carta para reconhecerem o nosso agradecimento.

Escola de Ontupaia «Rosália Rendu» em Nacala-Porto, província de Nampula zona norte de Moçambique.

Um comboio de beijinhos para todos vocês daí de outro canto do Mundo


Bartolomeu Pinto Carôa.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Fotos da festa 20 de Outubro

Mas as crianças estavam bonitas. mesmo!
Não sobraram flores no jardim =)













Havemos de Recuperar



Dia 20 de Outubro, foi festa de aniversário.
Cumpriu 50 primaveras a anterior directora da escola Primária de Ontupaia e agora directora da Secundária. Ela foi a grande impulsionadora das “Escolinhas”, é por ela que as crianças chamam, quando passamos de carro pelo bairro.
Os alunos não a esqueceram e, logo de manhã, à hora da concentração, todos se reuniram enfeitando o ambiente com flores. Cantou-se o hino, os parabéns e umas estrofes de apoio, para que continue ajudando. Cantaram para que não desanime, agora que a sua escola(12 de Outubro) foi alvo de um grande e violento assalto, de onde roubaram, aos alunos e à comunidade, os seus melhores computadores, a melhor televisão, um projector e, com ele, os finais de tarde de cinema aos sábados.

“Não desanima irmã Maria,
Havemos de recuperar”

Os professores cantaram, os alunos se entusiasmaram. O auge foi o colocar da capulana em torno da cintura, à moda moçambicana. Gritos e aplausos acompanharam o momento.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CONTINUAMOS A TRABALHAR

Os livros chegaram, mas falta construir o edifício da biblioteca, são precisas prateleiras, mesas e fazer a electrificação do espaço. Contactámos a EDP e o BPI na esperança de que nos poderão ajudar. Estamos à espera.
O Padre Baptista da Paróquia de Nossa senhora da Ajuda, no Porto, que já tanto nos ajudou, prometeu que mais uma vez se iria pôr em campo para, caso o BPI não possa facilitar-nos os 5000 euros que são precisos para pôr de pé o edifício da biblioteca,conseguir a quantia indispensável para continuar com o projecto. Deus lhe pague!

domingo, 17 de outubro de 2010

Primeira Vez



Esta a Hawa e pela primeira vez escreve num computador. Esperemos que os alunos em Portugal lhe respondam!!!

Estou à espera do 11º CSE, 11º TAL e outros 11ºs, alunos de Paços de Ferreira, alunos da Secundária da Srª da Hora, e ...

=)

HAWA




Chamo-me Hawa Sumalge tenho 13 anos estudo na Escola Primária Completa de Ontupaia na 7ª Classe.
Manto esta carta para todos vocês daí, do outro lado de Portugal, manto muitos beijos e braços para todos vocês.
A minha mãe chama-se Muaheva Gulamo. Ela tem 8 filhos. A primeira é Muarusse e tem 3 e filhos e uma é deficiente, a 2ª é Fátima tem duas filhas, o 3º é Nando ainda está a estudar na 10ª Classe, o 4ª é Charama anda na 7ª Classe na mesma Escola commigo, a 5ª é Hawa que sou eu, o 6ª é Mustafa que anda na 2ª Classe na mesma escola a 7ª é Olga que anda na escolinha e a ultima é Amina que ainda tem 1 ano.
Gosto de ler, esta é a minha primeira carta num computador.



MUITOS BEIJOS E MUITOS ABRAÇOS PARA TODOS VOCÊS

domingo, 10 de outubro de 2010

24 de Setembro – Chegou o Contentor


O contentor está em Ontupaia, mas não sem umas peripécias.
Sabíamos que chegaria entre o dia 10 e o dia 13 de Setembro, conforme referiu a D. Adriana que teve a amabilidade de nos encaminhar nesta empresa do envio, poupando em todas as despesas possíveis. De transporte pagamos no total 2050 €.
Desta data, informámos o Sr. Manuensa, transitário encarregado de dar continuidade ao processo em Moçambique. Depois de apurar o conteúdo dos navios, esclareceu que a nossa entrega chegaria, apenas, no dia 20. Não havia pressas, descansamos.
Afinal, atracou o barco dia 14, nova que tardou mais dois dias. Subitamente, surgiram montes de assuntos para tratar. Fizemos a relação do espólio para entregar na alfândega. Essa falha ficou-nos cara. Algumas taxas sobre as doações.
Logo falhou o nº contribuinte da escola. Sem problemas, “não tem nada que saber, é só ir às finanças, é na hora e grátis!”, foi-nos dito. Só o registo para pagar nos saiu (quase) de “graça” não fora a graça do acontecido:
Uma repartição de finanças, por incrível que pareça, pode ser um local aprazível como testemunham as personagens que aí habitam. Por trás da secretária, fecham-se, aqui e além, olhos monótonos num sono sem recato. Vai pendendo a cabeça que só se ergue para retomar posição se conforto. É fantástica a capacidade de repousar frente a, não tão pouca, assistência que aguarda a sua vez, do lado de cá do balcão. Numa versão mais discreta, longamente centrada a atenção num formulário, se entregava o funcionário aos braços de Morpheu.
E nós esperando.
A atarefada senhora, que finalmente nos atendeu, atenciosa e solícita, distraidamente ascendeu a Escola Primária de Ontupaia a secundária. Mais um corre corre para corrigir a “gafe”. Mas lá ficou pronto tudo a tempo.
Durante o fim-de-semana caíram (choveram) contas: Pagámos.
Na primeira informação, 4ª feira teríamos o contentor, de imediato se emendou para 5ª por ser mais seguro. Na 5ª, não ouvimos falar em entregas e, na 6ª, já havia desânimo a pensar que só lá para 2ª.
Mais uma continha, agora para taxa de pesagem. Mas… pesamos tudo na balança lá de casa!
Tocou o telemóvel. Há que correr para o porto, abriram o contentor.
Fomos ver a chamado do Sr. Manuensa. As caixas aqui e ali abertas, uma bola de futebol e um velho VHS em forma de instalação sem nexo, no chão, aguardando sentença. “Há que reconferir, só na 2ª”. Isso não. Conversa aqui, conversa ali, lá saiu o contentor do porto para alívio de todos.
Saldamos o transporte, e, a rematar: a “Multa”.
Não! 6 000 e tantos meticais porque o contentor ficou tempo a mais no porto, depois da espera ansiosa, ainda vamos pagar?
A culpa não foi nossa, e “a bem da solidariedade” essa ficou.
Ainda assim, lá se foram as nossas economias, que bem falta fazem, para dar continuidade à biblioteca que muito precisa de espaço e estantes.
Quanto às contas, aguardamos, diariamente, que o Sr. Manuensa nos apresente as facturas e recibos de todos os valores que através dele pagamos…