Conta Solidária

PORTUGAL
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P. José Lopes Baptista - solidariedade


domingo, 27 de março de 2011

Falta pouco... mas falta algum!

O dia começa bem cedo, entre as 6.00 e as 6.30 da manhã. Os trabalhadores chegam e logo vão buscar o material que fica guardado no armazém.


Aqui estão a ser feitas as armações em ferro para as vigas que, no lugar, são enchidas com cascalho e cimento.


Todo o trabalho é feito manualmente e recorrendo aos meios mais elementares.
São feitas medições a partir de uma mangueira com água e assim se determina o nível da base do chão e paredes.
Os aros das vigas são feitos recorrendo a pregos solidamente pregados num tronco de árvore. Aí são dobrados com a ajuda de um ferro oco e muita força de braços.
O cimento e o cascalho são misturados na tina previamente elaborada para o efeito. Esta mistura serve para o enchimento das vigas e para a feitura do chão.
E o trabalho vai decorrendo a diferentes ritmos...
Do interior pode ver-se o local onde ficará o balcão para solicitação dos livros.
Do lado exterior terá uma varanda de dois metros de largura para usufruto dos futuros leitores.
A parede exterior do fundo já praticamente atingiu a sua máxima altura. O telhado será de uma água e é a etapa a ter em vista muito brevemente.
E no presente dia, é este o aspecto da construção que albergará a biblioteca.
Leitores não faltam. Essa é uma menina que todas as manhãs, às seis, acompanha as obras antes da escola.
A verba com que se iniciou esta empreitada foi de 5 800 €. No momento actual sobram apenas 2 000 € com os quais pensamos conseguir fazer a cobertura: uma estrutura de madeira e cobertura de zinco.

Faltará a verba para o reboco e pintura do exterior e ainda para fechar o edifício com janelas, portas, redes mosquiteiras e gradeamento. Mais tarde o mobiliário será também um objectivo a alcançar.

Nesta sequência, vimos junto de todos os que até agora nos ajudaram, que continuam a interessar-se e que acreditam que a erradicação da fome e pobreza, passa pelo conhecimento e, em primeira mão, pela alfabetização, um novo pedido de ajuda.


margarethasalvador@gmail.com

salvadormanuela1@gmail.com

sábado, 26 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

OBRAS EM ANDAMENTO

Começaram as obras da bilioteca. Logo depois de terem sido abertas as valas para as fundaçöes, foi feita e cimentada uma cova. Aí é misturada a areia com o cimento.
Mais tarde, quem sabe, poderemos usar esse lugar para fazer um canteiro de flores.


Aqui podem ver-ser blocos de cimento, pedra e areia. Este, conjuntamente com vigas de ferro, pregos, carrinho-de-mäo, e algumas coisas mais, foi o primeiro material a ser comprado para se dar início aos trabalhos.


Näo compramos os blocos de cimento. Optamos por fazê-los nós. Desta forma poupamos algum dinheiro que tem de ser contado metical a metical.
Aí pode ver-se a máquina de os fazer.

Em funcionamento, dois mestres consomem duas a quatro sacas de cimento por dia na elaboraçäo dos blocos. Cada saca dá aproximadamente 45. Durante os dias seguintes os blocos secam ao sol mas säo molhados com alguma água para näo racharem. Ultimamente a chuva tem se encarregado desse trabalho.
E assim podem ver-se as fundaçöes antes de terem sido preeenchidas com pedra e cimento. Ao fundo haverá uma porta de acesso ao telheiro que se vê na fotografia. Aí, alunos, professores e demais leitores, poderäo trabalhar ao ar livre debaixo de sombra com acesso fácil ao edifício e aos livros.


As paredes väo sendo erguidas. O trabalho vai-se adiantando a cada dia. Os trabalhadores revelam vontade de trabalhar e orgulho no seu empreendimento. Já solicitaram cartöes de biblioteca para poderem usufruir do"conhecimentos do mundo" - palavras dos próprios - que sabem aí estarem registados.



Estamos a terminar o mês de Fevereiro, a obra iniciou exactamente no dia 1.
Com a vontade de todos, e em especial dos mestres, seus ajudantes e do encarregado sempre atento, temos, a cada dia, a certeza de que em breve os livros e seus leitores teräo um espaço digno para estar.

Obrigado a todos os que apoiam e continuam atentos a este projecto.

OFÍCIOS EM ONTUPAIA








Nós somos os alunos da EPC de Ontupaia.

Os retratos representam as aulas de ofícios da 7ª classe turma C a estudarmos a custurar os tapetes para representar as aulas de ofícios para desenvolver a nossa escola de EPC de Ontupaia, estamos a costurar os tapetes com a ajuda do nosso professor Leonardo Dinis. Ele nos ensina mesmo muita coisa sobre as aulas de ofìcios.


alunos da:

7ª Classe
Turma C

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Início da construção da biblioteca




No dia 1 de Fevereiro iniciaram-se as obras da biblioteca.

Para já foram feitas as fundações e o lugar para fazer o cimento. Trabalharam 4 ajudantes nesta primeira parte. Esta semana começarão mais 2 pedreiros. Os primeiros custam 75 Mt por dia e os segundos 100 MT. Há também um encarregado que vai controlando a obra e solicitando tudo o que necessita.

A directora destinou uma verba para algum material que o orçamento da escola permite (pregos, vigas, rede mosquiteira, interruptores,...). Com a doação feita pelo padre Baptista, em Portugal, compramos cimento, pedra, areia bem como pás, carrinho de mão e outras coisas do género.

O Mepava e o Buanour, na fotografia, insistiram em posar para a foto como quem cava a primeira fundação, outros alunos também quiseram ficar na foto com o início da obra como pano de fundo. Todos estão entusiasmados com a perspectiva de poderem aceder mais e melhor aos livros que já cá estão.

Continuaremos a dar notícias do andamento deste projecto.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Plantar para colher




Estudar é plantar para colher. Com este mote começou o novo ano lectivo. Pais, alunos e encarregados de educação fizeram-se presentes no primeiro dia de escola. Mal cabiam no recinto e todos se esforçavam por ouvir as boas vindas da nova directora, Ir. Carla e dos professores presentes.

Seguidamente, num acto simbólico, foi plantada uma árvore representativa dos frutos do conhecimento que mais tarde se irão colher.

Dez novos professores fazem parte da nova equipa de docentes mas, mesmo assim, a procura excede largamente a oferta da EPC de Ontupaia. São seis as turmas da primeira classe, quase todas elas com aproximadamente 60 alunos. As solicitações de matrícula são imensas e, na esperança de que sejam aceites, mandam-se as crianças para a escola mesmo sabendo que não foram matriculadas e não têm vaga. Gera-se alguma confusão no entendimento de quem é aluno e de quem não é.

“Pouco, pouco”, como se diz por estas paragens, vão-se organizando as turmas e a regularidade toma lugar.